Sol

O sol vai indo devagar pelo céu. Eu reparei pequenas coisas no meu dia incrível jogado ao sol...

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A grama é densa e macia perto do canteiro, às borboletas quase se confundem as flores de tão imóveis que ficam. O sol só se vai embora depois das seis e dezessete. Daqui posso ver as outras casas, vejo também o rio...
Do jardim vejo coisas que me fazem sentir bem, uma paz eminente brota espontaneamente em mim, é como se um deus nascesse no meu estomago. Não faço por mal observar a bela natureza que vem do que é puro, a borboleta provavelmente se notasse minha presença, sairia. Somos gentis e belos, mesmo assim queremos para nos aquilo que já temos.

Poderia guardar aquela borboleta na minha parede, junto com outros pôsteres, assim a veria para sempre, até o fim dos meus dias...
Eu não fiz, mas é quase que natural do homem querer o que é belo, inanimado e morto em algum tipo de observatório, não estou generalizando uma espécie. Isto, este instinto, é quase natural em nos, é algo mais antigo e primitivo.

Logo a noite veio, vi ainda mais da vida do jardim, senti ainda a grama em minhas costas, mas quando na noite caiu, ai sim pude fechar meus olhos.