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Família. Eu tive de pensar, porque me cabe isto, que família é tudo que me envolve, e que envolvo, emocionalmente. Não importando o sangue, valendo o sentimento de apreço e carinho, ao que, um abraço pode oferecer.

Talvez esse seja o ponto, abraço. Carregar o sentimento de um abraço, seja quando há saudade e essa vai embora, seja quando é tristeza e essa desaparece, o abraço é carregado de um sentimento constrangedor, de ouvir/sentir a pessoa próxima para ritmar os batimentos cardíacos.

Tenho em mente que o dicionário pode desmentir o que digo e o respeito, mas convenhamos que ele não abraça sequer um ‘a’. Eu falo aqui de um abraço familiar, que pode não acontecer em um abraço. Falo de uma família que existe em tantos pontos que lembro dos meu livros. Sim, dos meus livros. Talvez esse mundo de palavras que tanto amo seja uma maneira familiar para mim. Confesso aqui, no mais seguro dos segredos, que chorei lendo as historias da Liesel Meminger, e me apeguei como um irmão de Henry Day, um menino tomado por um changeling que ainda me traz arrepios. Sem Falar de Meggie e sua vontade incontrolável de ler.

Posso falar também, minha morada em Criciúma, no seio de amigo e namorada. Um abraço sempre é um abraço e quase nunca é um. Estranho, eu sei, mas depende muito do sentimento empregado a ele, na minha casa, longe de casa, tenho isso. Sem contar os abraços que recebo quando volto. Nada como um braço de mãe.

Poderia falar eternamente sobre os sentimentos que me remetem a família, os abraços que para mim são familiares, os sentimentos que parecem abraços. Bom, não tenho muito tempo, ou tenho tempo demais, mas posso o usar para me sentir em casa, na minha família.

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